Thursday, January 29, 2009

The Little Black Box # 2

Serão elas revolucionárias de alguma época? Mulheres que tinham os mesmos ideais? Mulheres marcadas por fatores em comum?
Mulheres que acreditavam que poderiam mudar o mundo? Amigas talvez?

Mulheres sim... espalhadas pelo continente americano, e que tinham muitos ideais em comum... e dons talvez pouco conhecidos por elas mesmas. Mas elas sabiam que aonde quer que estivessem teriam sempre uma forte ligação... quase que telepática. Mas anos passaram, e talvez nem elas lembrem tantas promessas feitas para com um mundo melhor e talvez, mais desenvolvido espiritualmente.

Aonde podem elas estar atualmente e o que podem estar fazendo no presente momento? Ora, uma com certeza continua escrevendo na calada da noite, e criando idéias mirabolantes. As outras é bem provável que de alguma forma, estejam usando seus dotes, para acontecimentos não vistos pelo nosso binóculo mental. Com certeza, dentro de cada uma, ainda exista a chama desta amizade que as uniu tempos atrás.

A raiz de certos relacionamentos jamais pode ser cortada... mesmo que separada em cinco continentes. Existem certas pessoas, que de alguma forma entram em nossas vidas, e da mesma forma que entram, desaparecem... mas tudo fica gravado em nossa memória, e se não estiver ativo em nossa memória, pode ser descoberta na famosa "little black box".

Muitos beijos em cada um de vocês... e não deixem que a distância e o tempo, os afastem de pessoas tão especiais.

Andrea

Direitos

VOCE É BRANCO? CUIDE-SE!!!
Hoje, tenho eu a impressão de que o "cidadão comum e branco" é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afrodescendentes, homossexuais ou se auto-declarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.

Assim é que, se um branco, um índio e um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles! Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior.

Os índios, que, pela Constituição (art. 231), só deveriam ter direito às terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado. Menos de meio milhão de índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também - passaram a ser donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 185 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% dele.. Nesta exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não-índios foram discriminados.

Aos 'quilombolas', que deveriam ser apenas os descendentes dos participantes de quilombos, e não os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.

Os homossexuais obtiveram, do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef, o direito de ter um congresso financiado por dinheiro público, para realçar as suas tendências, algo que um cidadão comum jamais conseguiria!

Os invasores de terras, que violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que o governo considera, mais que legítima, meritória a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem este 'privilégio', porque cumpre a lei.

Desertores, assaltantes de bancos e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para 'ressarcir' àqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos..

E são tantas as discriminações, que é de se perguntar: de que vale o inciso IV do art. 3º da Lei Suprema?

Como modesto advogado, cidadão comum e branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios.

Ives Gandra da Silva Martins*

(*Ives Gandra da Silva Martins é renomado professor emérito das universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado do Exército e presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo ).

Wednesday, January 28, 2009

Frase do Dia...

"A Lei não favorece aos que dormem!"

Chequem suas contas e exijam seus direitos no momento do ato da injustiça! Esperar para reverter certas situações é burrice.

Beijos e Have a Great Weekend!
Andrea

Tuesday, January 27, 2009

Nos bastidores de Pequim...

Por de trás da Olimpíada mais cara da história... a simplicidade dos bastidores.

Aonde quer que passem, os artistas sempre trazem alegria a humanidade, mas nunca são aqueles que enriquecem.

Por que será?

A resposta é de vocês... mas o final, infelizmente, não somos nós que decidimos.

Thursday, January 15, 2009

Somos Inocentes

Geraldo da Silva
Tamandaré - PE


Eu vou pedir a Jesus
Para iluminar o mar
Quando a água for e voltar
Todos somos batizados
A nossa vida é assim

Óh Lua "tem dó de mim"...

Tenha pena dessa gente
Que nasce, vive e não sente
O bater do coração
Eu nasci, sou brasileiro
E cuido do meu jardim

Óh Lua "tem dó de mim"...

E clareia a escuridão
Tenho pena dessa gente
Que nasce, vive e não sente
O bater do coração...


Somos Inocentes - Geraldo da Silva, Pernambuco - Janeiro de 2009

p.s. O Sr. Geraldo, é uma pessoa simples e humilde, que nasceu sob o sol forte do interior de Pernambuco. O poema acima foi criado diante da beleza do mar de Tamandaré e do sofrimento do povo do nordeste do país. Já a passagem abaixo foi feita debaixo de sol no momento da colheita do café em Garanhuns.

Eu vou fazer uma casa
E pode até ser uma mansão
Com "dez" começo na casa
Com "vinte" eu levanto os esteios
"Trinta" reparte o meio
"Quarenta" faço uma base
"Cinqüenta" nada me atrasa
"Sescenta" obra singela
E "setenta" as portas e as janelas
"Oitenta" ripa e amarra
"Noventa" chega o barro
E "cem eu tô dentro dela".


Tijolos - Geraldo da Silva - Garanhuns, PE - 1970

p.s. Eu havia notado a presença de um funcionário criativo e simpático durante minhas refeições... e antes de deixar Tamandaré, pedi à ele que deixasse eu publicar seu trabalho no Fala Annunziata. Pude ver a alegria em seus olhos de ter sido ouvido, mas na verdade, quem tem o privilégio de escutar o Sr. Geraldo, somos nós. O artista não é aquele que sai diplomado... o artista já nasce artista.
p.s.2 A imagem acima de minha autoria, retrata o Sr. Geraldo, e é um mix de croqui, foto e arte digital.

Lullabies

O CD, uma produção independente feita para homenagear seus dois filhos, Gabriel e Beatriz, conta com 8 canções de ninar, três delas brasileiras, três estrangeiras e duas de autoria da própria Andrea.

Quando seu primeiro filho nasceu, em 2004, ela morava fora do país e, mãe de primeira viagem e inexperiente, sua maior dificuldade era colocá-lo para dormir. Foi aí que notou que ao cantar para ele, era possível fazê-lo adormecer de maneira tranqüila e rápida.

A partir daí, Andrea começou não só a inventar canções de ninar, como também a coletar algumas músicas já conhecidas, tanto nacionais como internacionais. O resultado, depois de alguns anos cantando somente para sua família, é o CD Lullabies, que tem arranjos musicais de Beto Nascimento e violão de Anita Deixler. Um CD que ajudará muitas mães a ninar os seus próprios bebês.

Os CD's estão disponíveis em todas as livrarias Da Vila (Shopping Cidade Jardim, Al. Lorena, R. Fradique Coutinho). O preço de venda é R$ 15,00 por unidade (tivemos um reajuste em 2009).

Mari Botter - Acessora de Imprensa da Livraria Da Vila

Repertório # 1

Nem só de Lullabies meu repertório é feito... divido com vocês, algo um pouco mais ousado.

p.s. Mesmo assim, acredito que Lullabies é uma produção inesquecível e com grande propósito.

Repertório # 2

Wednesday, January 14, 2009

Rien de Rien

O importante é não se arrepender do que se fez...

Caminhos tortos...
Escolhas insensatas...
Personalidades escondidas...
Vozes que não cantam....
Mãos que não pintam...
Bocas que não beijam...
Corpos que não dançam...
Olhos que não vêem...
Almas que não interpretam...
Rostos que não se mostram...
Vida que se enterra...

E de repente...

Os olhos se encotram...
A boca decide cantar.... e beijar...
Os corpos começam a bailar...
As mãos não param de digitar... e de pintar...
A cabeça não para de raciocinar...
A vida renasce...
O sol brilha...
O amanhã chega...
E o importante....
É não se arrepender do que se fez...


Rien de Rien - Andrea Annunziata - Janeiro de 2009

Tuesday, January 13, 2009

Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina

Testemunho antigo, porém de extremo valor frente aos ataques atuais.


M. K. Gandhi
Harijan, 26 de novembro de 1938

In M.K.Gandhi, My Non-Violence
Editado por Sailesh K. Bandopadhaya
Navajivan Publishing House
Ahmedabad, 1960

Recebi muitas cartas solicitando a minha opinião sobre a questão judaico-palestina e sobre a perseguição aos judeus na Alemanha. Não é sem hesitação que ouso expor o meu ponto-de-vista.
Na Alemanha as minhas simpatias estão todas com os judeus. Eu os conheci intimamente na África do Sul. Alguns deles se tornaram grandes amigos. Através destes amigos aprendi muito sobre as perseguições que sofreram. Eles têm sido os "intocáveis" do cristianismo; há um paralelo entre eles, e os "intocáveis" dos hindus. Sanções religiosas foram invocadas nos dois casos para justificar o tratamento dispensado a eles. Afora as amizades, há a mais universal razão para a minha simpatia pelos judeus. No entanto, a minha simpatia não me cega para a necessidade de Justiça.
O pedido por um lar nacional para os judeus não me convence.
Por quê eles não fazem, como qualquer outro dos povos do planeta, que vivem no país onde nasceram e fizeram dele o seu lar?
A Palestina pertence aos palestinos, da mesma forma que a Inglaterra pertence aos ingleses, ou a França aos franceses.
É errado e desumano impor os judeus aos árabes. O que está acontecendo na Palestina não é justificável por nenhuma moralidade ou código de ética. Os mandatos não têm valor. Certamente, seria um crime contra a humanidade reduzir o orgulho árabe para que a Palestina fosse entregue aos judeus parcialmente ou totalmente como o lar nacional judaico.
O caminho mais nobre seria insistir num tratamento justo para os judeus em qualquer parte do mundo em que eles nascessem ou vivessem. Os judeus nascidos na França são franceses, da mesma forma que os cristãos nascidos na França são franceses.
Se os judeus não têm um lar senão a Palestina, eles apreciariam a idéia de serem forçados a deixar as outras partes do mundo onde estão assentados? Ou eles querem um lar duplo onde possam ficar à vontade?
Este pedido por um lar nacional oferece várias justificativas para a expulsão dos judeus da Alemanha. Mas a perseguição dos alemães aos judeus parece não ter paralelo na História. Os antigos tiranos nunca foram tão loucos quanto Hitler parece ser.
E ele está fazendo isso com zelo religioso. Ele está propondo uma nova religião de exclusivo e militante nacionalismo em nome do qual, qualquer atrocidade se transforma em um ato de humanidade a ser recompensado aqui e no futuro. Os crimes de um homem desorientado e intrépido, estão sendo observados sob o olhar da sua raça, com uma ferocidade inacreditável.
Se houver sempre uma guerra justificável em nome da humanidade, a guerra contra a Alemanha para prevenir a perseguição desumana contra uma raça inteira seria totalmente justificável. Mas eu não acredito em guerra nenhuma. A discussão sobre a conveniência ou inconveniência de uma guerra está, portanto, fora do meu horizonte. Mas se não pode haver guerra contra a Alemanha, mesmo por crimes que estão sendo cometidos contra os judeus, certamente não pode haver aliança com a Alemanha. Como pode haver aliança entre duas nações que clamam por justiça e democracia e uma se declara inimiga da outra? Ou a Inglaterra está se inclinando para uma ditadura armada, e o que isso significa?
A Alemanha está mostrando ao mundo como a violência pode ser eficientemente trabalhada quando não é dissimulada por nenhuma hipocrisia ou fraqueza mascarada de humanitarismo; está mostrando como é hediondo, terrível e assustador quando isso aparece às claras, sem disfarces. Os judeus podem resistir a esta organizada e desavergonhada perseguição? Existe uma maneira de preservar a sua auto-estima e não se sentirem indefesos, abandonados e infelizes? Eu acredito que sim. Ninguém que tenha fé em Deus precisa se sentir indefeso, ou infeliz. O Jeová dos judeus é um Deus mais pessoal que o Deus dos cristãos, muçulmanos ou hindus, embora realmente, em sua essência, Ele seja comum a todos. Mas como os judeus atribuem personalidade a Deus e acreditam que Ele regula cada ação deles, estes não se sentiriam desamparados.
Se eu fosse judeu e tivesse nascido na Alemanha e merecido a minha subsistência lá, eu reivindicaria a Alemanha como o meu lar, do mesmo modo que um "genuíno" alemão o faria, e desafiaria qualquer um a me jogar na masmorra; eu me recusaria a ser expulso ou a sofrer discriminação. E fazendo isso, não deveria esperar por outros judeus me seguindo em uma resistência civil, mas teria confiança que no final estariam compelidos a seguir o meu exemplo.
E agora uma palavra aos judeus na Palestina:
Não tenho dúvidas de que os judeus estão indo pelo caminho errado. A Palestina, na concepção bíblica, não é um tratado geográfico. Ela está em seus corações. Mas se eles devem olhar a Palestina pela geografia como sua pátria mãe, está errado aceitá-la sob a sombra do belicismo britânico. Um ato religioso não pode acontecer com a ajuda da baioneta ou da bomba. Eles poderiam estabelecer-se na Palestina somente pela boa vontade dos palestinos. Eles deveriam procurar convencer o coração palestino. O mesmo Deus que rege o coração árabe, rege o coração judeu. Só assim eles teriam a opinião mundial favorável às suas aspirações religiosas. Há centenas de caminhos para uma solução com os árabes, se descartarem a ajuda da baioneta britânica.
Como está acontecendo, os judeus são responsáveis e cúmplices com outros países, em arruinar um povo que não fez nada de errado com eles.
Eu não estou defendendo as reações dos palestinos. Eu desejaria que tivessem escolhido o caminho da não-violência a resistir ao que eles, corretamente, consideraram como invasão de seu país por estrangeiros. Porém, de acordo com os cânones aceitos de certo e errado, nada pode ser dito contra a resistência árabe face aos esmagadores acontecimentos.
Deixemos os judeus, que clamam serem os Escolhidos por Deus, provar o seu título escolhendo o caminho da não-violência para reclamar a sua posição na Terra. Todos os países são o lar deles, incluindo a Palestina, não por agressão mas por culto ao amor.
Um amigo judeu me mandou um livro chamado A contribuição judaica para a civilização de Cecil Roth. O livro nos dá uma idéia do que os judeus fizeram para enriquecer a literatura, a arte, a música, o drama, a ciência, a medicina, a agricultura etc., no mundo. Determinada a vontade, os judeus podem se recusar a serem tratados como os párias do Ocidente, de serem desprezados ou tratados com condescendência.
Eles podiam chamar a atenção e o respeito do mundo por serem a criação escolhida de Deus, em vez de se afundarem naquela brutalidade sem limites. Eles podiam somar às suas várias contribuições, a contribuição da ação da não-violência.

Mais informações sobre o assunto, podem ser lidas no blog de Alfredo Braga;
http://www.alfredo-braga.pro.br/discussoes/gandhiepalestina.html

Monday, January 12, 2009

Carta ao Bradesco

Acabo de receber uma mensagem interessante digna deste blog... que abre os olhos do internauta em relação ao nosso cotidiano.

Esta carta foi enviada ao Banco Bradesco, porém devido à criatividade com que foi redigida, deveria ser direcionada a todas as instituições financeiras. Tenho que prestar reverência ao brasileiro que, apesar de ser altamente explorado, ainda consegue manter o bom humor.

CARTA ABERTA AO BRADESCO

Senhores Diretores do Bradesco,

Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina de sua rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da feira, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.

Funcionaria assim: todo mês os senhores, e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, feira, mecânico, costureira, farmácia etc).. Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao pagante.

Existente apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade.

Por qualquer produto adquirido (um pãozinho, um remédio, uns litros de combustível etc) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até um pouquinho acima. Que tal?

Pois, ontem saí de seu Banco com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e de honestidade.

Minha certeza deriva de um raciocínio simples. Vamos imaginar a seguinte cena: eu vou à padaria para comprar um pãozinho. O padeiro me atende muito gentilmente. Vende o pãozinho. Cobra o embrulhar do pão, assim como, todo e qualquer serviço..

Além disso, me impõe taxas. Uma 'taxa de acesso ao pãozinho', outra 'taxa por guardar pão quentinho' e ainda uma 'taxa de abertura da padaria'. Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.

Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo em seu Banco.

Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto de seu negócio. Os senhores me cobraram preços de mercado. Assim como o padeiro me cobra o preço de mercado pelo pãozinho.

Entretanto, diferentemente do padeiro, os senhores não se satisfazem me cobrando apenas pelo produto que adquiri.

Para ter acesso ao produto de seu negócio, os senhores me cobraram uma 'taxa de abertura de crédito' - equivalente àquela hipotética 'taxa de acesso ao pãozinho', que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar.

Não satisfeitos, para ter acesso ao pãozinho, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente em seu Banco.

Para que isso fosse possível, os senhores me cobraram uma 'taxa de abertura de conta'.

Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa 'taxa de abertura de conta' se assemelharia a uma 'taxa de abertura da padaria', pois, só é possível fazer negócios com o padeiro
depois de abrir a padaria.

Antigamente, os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como papagaios'. para liberar o 'papagaio', alguns Gerentes inescrupulosos cobravam um 'por fora', que era devidamente embolsado.

Fiquei com a impressão que o Banco resolveu se antecipar aos gerentes inescrupulosos.

Agora ao invés de um 'por fora' temos muitos 'por dentro'.
- Tirei um extrato de minha conta - um único extrato no mês - os senhores me cobraram uma taxa de R$ 5,00.
- Olhando o extrato, descobri uma outra taxa de R$ 7,90 'para a
manutenção da conta' semelhante àquela 'taxa pela existência da padaria na esquina da rua'.
- A surpresa não acabou: descobri outra taxa de R$ 22,00 a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros (preços) mais altos do mundo.
- Semelhante àquela 'taxa por guardar o pão quentinho'.
- Mas, os senhores são insaciáveis. A gentil funcionária que me atendeu, me entregou um caderninho onde sou informado que me cobrarão taxas por toda e qualquer movimentação que eu fizer.

Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores esqueceram de me cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações de seu Banco.

Por favor, me esclareçam uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?

Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que sua responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências governamentais, que os riscos do negócio são muito elevados etc e tal. E, ademais, tudo o que estão cobrando está devidamente coberto por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco Central.

Sei disso. Como sei, também, que existem seguros e garantias legais que protegem seu negócio de todo e qualquer risco.

Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados..

Sei que são legais. Mas, também sei que são imorais. Por mais que estejam garantidas em lei, voces concordam o quanto são abusivas!?!

VAMOS VER SE MEXE COM A CABEÇA DE QUEM FEZ ESSAS LEIS PARA PENSAREM O QUANTO ESTÃO ERRADOS!!!


Autor Desconhecido.

Saturday, January 10, 2009

Pé na Estrada...



Muitos foram os lugares que passei...
...mas muitas foram as mensagens que guardei...


Guardo comigo imagens marcantes,
Levo comigo testemunhos calados,
Escuto ainda conselhos amigos,
Vejo ainda o que Deus quis,
Engulo ainda o que eu não quis dizer,
Sinto ainda o vento bater,
Sigo caminhando em pastagens verdejantes,
As águas ainda me refrescam e conduzem minha alma,
Se estou no caminho certo... não sei....,
mas sei que por muitos lugares passei.


"Pé na Estrada", Andrea Annunziata - Janeiro de 2009

p.s. Muitas coisas eu vi na viajem que fiz e muitas coisas me marcaram. Na última mensagem de fim de ano "E Se"... aconselhei à todos à desfrutarem de cada minuto com aqueles que vocês amam. A vida mais uma vez me provou que é exatamente isso que devo fazer. Não sei ao certo se vou escrever quase todos os dias, como fiz em 2008. Vou talvez escrever menos, pois vou seguir meu próprio conselho. Sempre que eu puder estarei aqui... dividindo com o mundo o que acho interessante, sem perder de vista meus desabafos ocasionais.
p.s.2 Por uma das estradas que passei anotei uma frase de uma kombi, que me chamou a atenção: "A força da sua inveja é a velocidade do meu sucesso". Gostei particularmente dessa frase, pois é incrível como existem tantas pessoas que acumulam energia invejando o que os outros tem.... o segredo é investir cada minuto em si mesmo, colher seus próprios frutos, e administrá-los com carinho e dedicação... dessa forma não existe espaço para inveja.
p.s.3 Nessa semana vou tentar dividir com vocês algumas imagens e ditos dessa viajem tão especial...