Tem quem viva com medo de ser, viver, sofrer, amanhecer...
Tenho é medo do que não é dito.
Do recalque ignorante.
Da mentira.
Não tenho medo de amanhecer.
Tampouco tenho medo feio.
Do silêncio do vazio.
Do frio.
Não me reconheço em quase ninguém, mas em quase tudo.
Emociono de olhar as estrelas.
Alegro-me com o sorriso das crianças.
Com o brilho do sol.
Com o vento que sopra.
Só tenho fama de vidente para quem é pendente.
De passado, de futuro e presente.
Sou para pouca gente.
Sou para pássaro, para formiga.
Sou para quem tem força de ir em frente – a frente.
"Sem véu" - Flávia Pimentel
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