Saturday, October 9, 2010

The Nowhere Ticket

Numa súbita insônia foi tomada pelo teclado e resolveu quebrar tabus.... estes tabus populares que pouco importam mas que se fazem necessários em busca de desafios. Naquele dia, ela começou à pensar na passagem que esqueceu-se de comprar... ou que inconscientemente não queria comprar. Dizia à todo custo que andava ocupada entre projetos e trabalhos, e também seu corrido cotidiano... mas o que mais ocupava o seu tempo era o medo. O medo de perder tempo com qualquer coisa que não fizesse parte de sua história. A vida faz coisas surpreendentes... um leite derramado pode significar muita coisa na vida de uma dama perdida. Uma dama casada.... não necessariamente significa estar "achada". O casamento também pode tirar seres sensatos de seus respectivos eixos. Voltando ao ser perdido, porém encontrado... pois dizem os sábios que perdendo-se, encontra-se. No vazio tudo o que se vê é a alma... e não é assim que de fato se vê algo de concreto?

Me admira que seres tão iluminados às vezes se abasteçam de "bengalas". Aquelas "bengalas" que vêm para fazer companhia, mas... "pero no mucho". O medo de estar só. O medo de não saber lidar consigo mesmo. O medo... Ah! O medo... que nos afasta de Deus. Os momentos com suas "bengalas" às vezes parecem radiantes, às vezes parecem inesquecíveis, mas "deep inside" são efêmeros ao ser. Mas "péra aí"! Nada de falar mal das "bengalas"! Elas são importantes para todo e qualquer tipo de caminhada que por um sublime acontecimento pode sim, nos levar aos verdadeiros propósitos. O importante não importando as cruzadas são as qualidades da alma que nos ligam ao verdadeiro "eu". Impossível esconder-se do "eu". As "bengalas" talvez sejam passagens para o além que não nos façam pensar no "eu". Seriam as "bengalas" demoníacas? Dizem que tudo que nos afasta do ser real, pode estar relacionado ao nosso anjo mau. Mistério ou verdade? Não sei. Sei que ela não comprou "the nowhere ticket". Qual será sua real jornada... se para lá ela não vai?

A "bengala" pelo visto pouco escreve.... e desprovida de grafite ou tinta... calada ficou... olhando aquela mulher que loucamente teclava pela madrugada à fora. Palavras, tolices, ditos, feitos, e bem feito. O teclado precisava dar sentido à algo que a "bengala" jamais captara, e que pelo visto computava outra passagem. E agora menina?

2 comments:

Coisas de Karenina said...

Annunziata, Annunziata....
Como seu proprio nome diz, anuncia! (uma verdade pra lá de verdadeira)

Os medos... "Ah! os medos!" Como bem diz!

As bengalas...
Serão Santos instrumentos? Convardes instrumentos? ou Necessários instrumentos?! Que visam esconder a alma do próprio eu, anuviado e absorto pelo medo....?

Medo do que nos espera em somewhere? beyond the sea... ou será Medo do meu proprio eu?

Pois digo: Bela Bengala, que me ampara de mim mesma...
Ao mesmo tempo que és bela, temo ela!

Adorei o texto... Escreva mais!
Thanks for sharing....
Ka

Andrea Annunziata said...

Adorei o seu texto! Adorei te ver por aqui... Mil beijos (vou checar seu blog tb!)